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Zeca Afonso vol 02 – canto moço, redondo vocábulo, cantigas do maio, milho verde… (letra)



00:04 – Canto Moço / Filhos da Madrugada
01:34 – Saudades de Coimbra *
05:23 – De não saber o que me espera
08:23 – Que amor não me engana
Excertos do filme “Gelo”, realizado por Luís e Gonçalo Galvão Teles, 2016.
12:09 – Redondo Vocábulo *
15:19 – Cantares do Andarilho
Excertos de vídeos alusivos à “Festa das Bruxas”, em Montalegre. Letra do poeta/pintor António Quadros.
18:45 – Milho Verde *
22:52 – Cantigas do Maio
28:34 – Natal dos Simples *
30:58 – Moda do Entrudo
32:52 – Chamaram-me Cigano
35:22 – Balada do Outono *
* Concerto no Coliseu de Lisboa, 1983

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos – Zeca Afonso (Aveiro, 2 de agosto de 1929 – Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português.
Frequentou o Liceu Nacional D. João III e a Faculdade de Letras de Coimbra, e integrou o Orfeon Académico de Coimbra e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra.
Em 1953 grava o seu primeiro disco, Fados de Coimbra.
Entre 1962 e 1968, Zeca inicia o seu período musicalmente mais rico, criando as primeiras músicas de intervenção. Conhece o seu amigo e guitarrista Rui Pato, estudante de Medicina, com quem grava 49 temas e percorre todo o país em dezenas de espetáculos em coletividades operárias, associações de estudantes, cineclubes, por toda a parte onde era chamado para utilizar a sua canção como arma contra a ditadura salazarista.
Em 1963, são editados os primeiros temas de carácter vincadamente político, Os Vampiros e Menino do Bairro Negro (o primeiro, contra a opressão do capitalismo; o segundo, inspirado na miséria do Bairro do Barredo, no Porto) integravam o disco Baladas de Coimbra que viria a ser proibido pela Censura.
Em 1964, atua na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde se inspira para fazer Grândola, Vila Morena. A música viria a ser a senha do Movimento das Forças Armadas no golpe de 25 de abril de 1974, permanecendo como uma das músicas mais significativas do período revolucionário.
Em 1967, é colocado como professor em Setúbal, onde fica a lecionar pouco tempo, pois acaba por ser expulso do ensino oficial. A partir desse ano, torna-se definitivamente um símbolo da resistência democrática. Mantém contactos com a Liga de Unidade e Ação Revolucionária e o Partido Comunista Português, ainda que se mantenha independente de partidos.
Em 1969, participa no 1º Encontro da Chanson Portugaise de Combat, em Paris, e grava Cantares do Andarilho, recebendo o prémio da Casa da Imprensa pelo Melhor Disco do Ano e Melhor Interpretação.
Em 1971, edita Cantigas do Maio, no qual surge Grândola, Vila Morena, que acaba por interpretar pela primeira vez num concerto celebrado a 10 de maio de 1972, na residência universitária Burgo das Nações, hoje Auditório da Galiza, em Santiago de Compostela.
Em 1973, canta no III Congresso da Oposição Democrática e grava o álbum Venham mais Cinco.
Entre abril e maio de 1973, esteve detido no Forte-prisão de Caxias pela PIDE/DGS.
Após a Revolução de 25 de abril de 1974, acentua a sua defesa da liberdade, tendo realizado várias sessões de apoio a diversos movimentos, em Portugal e no estrangeiro.
Os seus últimos espetáculos terão lugar nos coliseus de Lisboa e Porto, em 1983, numa fase avançada da sua doença (esclerose lateral amiotrófica).
Em 1985, é editado o seu último álbum de originais Galinhas do Mato, no qual, devido ao estado da doença, Zeca não consegue interpretar todas as músicas previstas.
Faleceu em 23 de fevereiro de 1987, no Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

“Música feita em Portugal”
Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. A seleção do repertório retrata uma opção estética meramente pessoal… Como não pretendo ganhar qualquer dinheiro com os vídeos, todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.

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